SUGESTÕES DE FILMES PARA A 3ª ETAPA
Antes de alcançar a fama como escritor, Matthew Quick foi professor. Talvez por isso entenda tão bem a dinâmica entre mestre e aluno, capaz de encantar jovens e adultos em histórias edificantes de aprendizado. Em seu novo livro Perdão, Leonard Peacock, o ambiente escolar aparece como pano de fundo da história de um jovem que decide matar o ex-melhor amigo e se suicidar em seguida.
Inspirados na obra, fizemos uma lista com dez filmes, entre dramas e comédias, que mostram as belezas, conflitos e alegrias da relação entre professores e estudantes.
1) Ao Mestre, Com Carinho (To Sir With Love/1967)
O engenheiro Mark Thackeray (Sidney Poitier) resolve dar aulas em Londres após perder o emprego, e precisa lidar com adolescentes majoritariamente brancos, indisciplinados e desordeiros de um bairro operário.
Trailer (sem legenda): http://www.youtube.com/watch?v=ucnq_hPhdDI
2) Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society/1989)
John Keating (Robin Williams), ex-aluno de uma escola preparatória conservadora, torna-se professor da instituição e incentiva os estudantes a pensarem por si próprios, o que provoca conflitos com a ortodoxa direção do colégio.
3) Mentes Perigosas (Dangerous Minds/1995)
A ex-fuzileira naval Louanne Johnson (Michelle Pfeiffer) vira professora e é contratada para dar aulas à turma que reúne os alunos mais problemáticos de uma escola pública de periferia, onde a violência e o descaso fazem parte do cotidiano de estudantes negros e latinos.
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=gA-5nLQCmW8
4) Tormenta (White Squall/1996)
Um grupo de adolescentes embarca no veleiro Albatroz, um navio-escola comandado por Christopher Sheldon (Jeff Bridges), que assume a missão de transformar os alunos em homens, embora uma tragédia na viagem possa colocar tudo a perder.
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=69ZoLvE9SpQ
5) Gênio Indomável (Good Will Hunting/1997)
Will Hunting (Matt Damon) é um jovem rebelde, porém brilhante, que atrai a atenção de um professor ao resolver uma equação complexa e faz um acordo com ele para não ser preso: participar de aulas de matemática e fazer terapia.
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=z02M3NRtkAA
6) A Corrente do Bem (Pay It Forward/2000)
O professor Eugene Simonet (Kevin Spacey) desafia seus alunos a criarem algo capaz de mudar o mundo, e um deles dá início a um jogo em que cada pessoa que recebe um favor deve retribuí-lo a outras três.
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=_pCtXRP1edo
7) Garotos incríveis (Wonder Boys/2000)
O professor universitário Grady Tripp (Michael Douglas) não consegue terminar seu segundo romance após a crítica o considerar um gênio pelo primeiro livro que escreveu e vê sua história repetir-se com um aluno prodígio, que cai nas graças do editor Terry Crabtree (Robert Downey Jr.).
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=PAOFeG9hKoA
8) Encontrando Forrester (Finding Forrester/2000)
Um estudante negro da periferia ganha uma bolsa de estudos em uma das melhores escolas particulares da cidade. O talento com as letras o aproxima do escritor recluso William Forrester (Sean Connery), que o ajuda a superar o preconceito e revelar seu potencial.
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=OjO0QVuZcE8
9) Escola de Rock (School of Rock/2003)
Expulso da banda No Vacancy, o cantor e guitarrista Dewey Finn (Jack Black) se infiltra numa escola preparatória de prestígio como professor substituto, e ao descobrir o talento musical de seus alunos, treina os jovens para competir na Batalha das Bandas.
Trailer (sem legendas): http://www.youtube.com/watch?v=LqEszt5wG9I
10) Escritores da Liberdade (Freedom Writers/2007)
Uma jovem professora idealista (Hilary Swank) inspira uma turma de alunos em situação de risco em um bairro pobre a ser mais tolerante, se esforçar mais e buscar pela educação além dos muros do colégio.
E para você? Quais filmes representam bem a relação professor/aluno?
Conquistas cotidianas na escola
Os professores e as professoras do ensino básico de nossa cidade, estado e país passam diariamente por muitas dificuldades para cumprir com sua função de educar, em tempos ligeiros, complexos e cheios de incertezas.
Como educador, percebi que não fazia sentido continuar “reclamando” de educandos e educandas com os quais trabalho diariamente. Reclamo, com muita razão, da estrutura e do apoio que as redes de ensino não oferecem em nossas escolas. Da falta do reconhecimento do meu trabalho e pela autonomia dos professores em suas salas de aula.
Moro num país que ainda não reconheceu a educação como um valor, mas que ainda a considera um gasto e, na melhor hipótese, um investimento. Sonho e luto muito para que a educação seja prioridade, que as escolas sejam de qualidade e que o trabalho dos educadores seja reconhecido por toda a sociedade. Mas, cotidianamente, tenho que arregaçar as mangas, os meus pensamentos e as minhas forças criativas para realizar o melhor trabalho como professor, sem descuidar da minha responsabilidade de lutar por melhores condições de trabalho do professor e da aprendizagem de educandos e educandas. E de me somar com as forças de toda comunidade escolar, sobretudo dos pais dos estudantes e das organizações vivas do entorno de nossas escolas.
Fazer a diferença na educação
A postura “vitimizante” do professor, adotada por muitos colegas, cega-os para reconhecer um universo de possibilidades e intervenções cotidianas que eles realizam e que fazem uma grande diferença na vida de muitos estudantes e na vida das comunidades. Nós, professores e professoras, fazemos a diferença na educação brasileira. Por isso mesmo, temos que considerar também a nossa condição humana de “seres aprendentes”. Como aprendentes, temos que nos dispor a compreender novos contextos e novas realidades que estão em processo de mudança na nossa sociedade, principalmente na vida de nossos adolescentes e jovens.
O direito de aprender de nossos educandos e educandas precisa ser exercido com muita responsabilidade em nossas escolas, propiciando conteúdos, habilidades e atitudes historicamente construídas e acumuladas. O direito à participação, através da opinião, de consultas e de tomada de decisões deveria ser exercido permanentemente com eles. O direito à convivência saudável, organizada coletivamente no ambiente escolar, propiciaria aos adolescentes e jovens oportunidades únicas para seu exercício como sujeitos sociais e interdependentes. Nossas escolas deveriam ser lugares de “vivência de direitos” e de cidadania, onde pudessem ser praticados valores como a solidariedade, os direitos humanos, o respeito às diversidades culturais, religiosas e étnicas, a camaradagem, a promoção da dignidade humana.
Não podemos esquecer que a escola é para muitos jovens o único lugar de reconhecimento social e representa, para a maioria deles, a grande oportunidade de humanização. Mas se os jovens têm o direito de aprender, os professores têm para com eles o dever de se importar. A comunidade escolar tem o dever de acompanhar e subsidiar a compreensão das distintas realidades. Os governos têm o dever de respeitar a autonomia de cada escola e de prover as melhores condições para que esta possa se organizar conforme a necessidade e a vontade de quem a faz. Os estudantes têm o dever de aproveitar o que as escolas lhes oferecem.
Nós já fazemos uma escola assim, mas acreditamos pouco nos seus potenciais de humanização, inclusão, valorização e promoção de cada pessoa e de todas as pessoas que dela fazem parte. Certo é que ninguém fará esta escola pela gente, senão a gente mesmo.
Nei Alberto Pies
Passo Fundo, RSpies.neialberto@gmail.com
Fonte: Revista Mundo Jovem
TEMPO DE EDUCAR
A família, a escola e a igreja são instituições que têm a responsabilidade de educar sistematicamente para a adaptação do ser humano na sociedade. Esse processo dá sustentabilidade e orienta a fazer escolhas, todavia, forças quase imbatíveis lutam noite e dia para derrubar todo argumento e recursos educacionais, com a intenção declarada de corroer os fundamentos do que é bom, justo, moral.
O educador está vivendo uma era exaustiva de informações, numa guerra desigual, porque os valores fundamentais para uma vida harmoniosa são apedrejados ao vivo e em cores, em tempo real, integral. E ainda há famílias, no pouco tempo em casa, que se ligam, inescrupulosamente, em coisas bizarras, com alto poder de destruição. É cansativo ficar na defesa da moralidade quando sobram pouquíssimas parcerias e referências.
Qual é o político confiável? Aquele que “rouba, mas faz?” Isto se escuta como se fosse coisa normal, aceitável... Ou é aquele que se defende dizendo: não somos nós somente que roubamos, outros partidos roubam também... Os eleitores, por falta de opção, votam naquele com a ficha mais ou menos “limpa”. E assim vai... como ensinar a votar? A caravana da mentira se expande, contamina e os partidos brincam no jogo das cadeiras, ouvindo a sirene da polícia, até vagar uma cadeira e aí... um senta-se por cima do outro...
Os responsáveis pela divulgação das religiões devem parar um pouco também e meditar sobre essa zoeira no Rádio e na Tv. Como fica a criança? O que o jovem está pensando de tudo isto? Desse barulho todo? Sim, muitos pensam que para anunciar as boas novas têm que usar uma aparelhagem eletrônica no volume máximo a ponto de causar surdez. O Evangelho não pode gerar confusão. Está todo mundo com sede de ouvir a Palavra e suas grandes lições, com clareza, boa dicção, equilíbrio, e isto é um clamor universal, deve ser atendido por todas as denominações. Deixem as doutrinas para serem ensinadas nos templos, cada qual com a sua... dentro do recinto. Preguem ao público a síntese do Evangelho: perdão, paz, união, fé, salvação, solidariedade. Esse é o verdadeiro milagre que deve ser proclamado com muita harmonia.
Famílias devem analisar a educação catastrófica que estão implantando nos lares. Sem disciplina é impossível educar e o que se vê são famílias sem o mínimo de disciplina. Geralmente não há organização e nem ensinam a colaboração tão necessária, tendo em vista os horários absurdos de trabalho dos pais e avós aposentados (trabalhando) lutando desesperadamente para sobreviver e sustentar os filhos e netos numa escola particular, pagar o plano de saúde e como não podem pagar um segurança, se aventurar na guerra da bala perdida pra todo lado, sem ter para onde fugir...
É tempo de reflexão! Todos devem parar e contemplar o tamanho do desafio da educação. Pode-se mudar muita coisa! Então, tudo o que estiver ao alcance para mudar para melhor, não pode deixar ninguém tímido, com medo de incomodar, com receio de se queimar. Mãos à obra, educador! O que está deixando transparecer é que o educador está prestes a cruzar os braços. Aí, sim, estará tudo perdido. Daqui a pouco ficará parecendo que a corrupção é virtude e o componente da quadrilha que contribuir para pagar a multa judicial é uma pessoa de bem, solidária.
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